Especial FLV - Criatividade e tecnologia do campo à mesa 13/10/2017

Entrevista para a  Super Hiper, uma publicação da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) no Especial FLV, evidenciando reportagens que apontaram valiosas referências, em termos de processos e soluções, para ampliar a eficiência desta cadeia de alimentos, com a Brasil Ozônio como parte importante desta solução.

Boas práticas e inovações capazes de tornar a cadeia de abastecimento de hortifrútis mais efi ciente e rentável, em todos os seus elos, é o que buscam as empresas que fazem o setor. Porém, é inevitável verifi car que tais soluções passam, obrigatoriamente, pela prevenção das perdas, de desperdício e que vão do desenvolvimento de variedades de produtos mais resistentes até a internet das coisas, que conecta itens do dia a dia, como geladeiras, fornos, etc., à rede mundial de computadores. Segundo a Embrapa Hortaliças, nas últimas décadas, muitos avanços têm ocorrido na produção de insumos (sementes e mudas) e, também, de práticas de manejo. Muitas empresas produzem, beneficiam e embalam sementes de alta qualidade genética, física e fi siológica, com a aplicação de avançadas tecnologias como tratamento osmótico e revestimentos. É o caso da Sakata, que já desenvolve a criação de variedades com características que resultem em melhor conservação pós-colheita e durabilidade no campo. Exemplos: alfaces com folhas mais grossas e elásticas que suportam chuvas e não quebram facilmente no acondicionamento e transporte; tomates que não mancham por excesso de umidade e são mais fi rmes e cebolas com casca mais grossa e com grande retenção de pele. Ainda para dentro da porteira, a disseminação do conceito de Produ- ção integrada (PI) também colabora para melhorar a qualidade de FLVs. De acordo com a Embrapa Hortaliças, trata-se de um tipo de produção obtida por meio da priorização de métodos ecologicamente mais seguros, com redução do uso de agroquímicos, o que aumenta a proteção ao meio ambiente e à saúde humana. Ao chão de loja A partir do conceito de internet das coisas, a Nexxto desenvolveu uma solução inteligente voltada ao monitoramento da temperatura e da umidade do alimento desde a produ- ção, passando pela distribuição até o armazenamento nas câmaras frias e gôndolas do varejo. A solução consiste em pequenos sensores instalados em pontos de monitoramento que enviam, a cada 30 segundos, os valores de temperatura e umidade do local em que estão instalados para o sistema Nexxto, que fi ca na nuvem. Essas informações são disponibilizadas por meio de dashboards, relatórios de controle e alarmes, para o supermercadista acessar de qualquer lugar e a qualquer momento de um computador, smartphone ou tablet. Com isso, ele pode gerenciar toda a operação de frio das lojas. Por exemplo, quando um balcão de FLV sai da temperatura de controle parametrizada, o sistema envia alertas, por SMS e e-mail, para que seja tomada uma ação antes que a mercadoria seja exposta ao risco de perecer. “Considerando que a cada 10 graus Celsius aumenta-se a taxa de deterioração da mercadoria em três vezes, ter um sistema desses é crucial para ampliar o tempo de vida dos alimentos”, afi rma o CEO e cofundador da Nexxto, Antonio Rossini. Segundo o executivo, ao serem colhidas, frutas e hortaliças estão respirando e transpirando como qualquer ser vivo. “Como não podem mais se abastecer de nutrientes e água, elas devem sobreviver a partir das próprias reservas que acumularam no campo. Quanto maior a temperatura, mais rápido será o consumo de reservas e menor o shelf life.” Temperatura Nesse sentido, manter os FLVs resfriados desde a colheita, passando pela distribuição até o acondicionamento na gôndola ou balcão é uma das formas de preservar a qualidade. Assim, o resfriamento tem três fi nalidades: reduzir a atividade biológica do vegetal, retardando o processo de maturação; diminuir a atividade dos microrganismos e minimizar a perda de água do vegetal. A temperatura é responsável por aproximadamente 70% de uma boa conservação. Existe uma temperatura específi ca para cada espécie de fruta e hortaliça. Os melhores resultados de uma boa conservação são obtidos quando se utiliza essa temperatura sem fl utuações na câmara fria. Por isso, é importante nunca interromper a cadeia do frio. Uma variação de 1°C ou 

Fonte: http://vegquality.com.br/2016/admin/assets/arquivos/cadernoespecial.pdf